Por Madeline Chambers
BERLIM (Reuters) - Hans-Dietrich Genscher, o ministro de Relações Exteriores da Alemanha mais longevo no cargo e ex-refugiado do leste comunista que ajudou a reunir o país, morreu aos 89 anos de idade.
Genscher morreu de insuficiência cardíaca em casa, cercado pela família, na noite de quinta-feira, informou o escritório dele em comunicado nesta sexta-feira.
Advogado que se filiou ao Partido Democrático Liberal (FDP, na sigla em alemão) depois de fugir da Alemanha Oriental, Genscher atingiu o auge do poder como primeiro ministro das Relações Exteriores da Alemanha reunificada.
Christian Lindner, atual líder do FDP, escreveu no Twitter que Genscher fez história, chamando-o de "arquiteto da unidade (e) um dos fundadores da União Europeia".
Comparado por alguns analistas a Henry Kissinger, ex-secretário de Estado norte-americano, e a Talleyrand, ministro das Relações Exteriores de Napoleão, Genscher usou sua habilidade diplomática para angariar apoio para a reunificação em meio a aliados hesitantes e ex-adversários.
Com o então chanceler (primeiro-ministro) Helmut Kohl, Genscher persuadiu Moscou a desistir de seu aliado mais leal da Guerra Fria e deixá-lo se juntar ao antigo "inimigo".